Parede: T. Mendonça (G), G. Carvalho (G), J. Sardo (2), J. Tiago (1), R. Ogura (1), A. Gaspar (1), D. Pernas, R. Martins, P. Lopes, F. Martins.
Carvalhos: A. Almeida (G), R. Sousa, T. Belchior, S. Tavares, P. Cunha, J. Santos, A. Caruso, X. Pinho.
Períodos de power-play não incluídos na estatística
Remates fora de área na baliza (primeira/segunda parte):
Parede: 10 (1 golo)/13 (1 bola parada)
Carvalhos: 4/5
Remates dentro de área na baliza (primeira/segunda parte):
Parede: 11 (3 golos, 1 bola parada)/6 (1 golo)
Carvalhos: 6 (1 golo)/2 (1 bola parada)
Roubos de bola/passes intercetados (primeira/segunda parte):
Parede: 8/12
Carvalhos: 5/6
Contra-ataques em superioridade numérica (primeira/segunda parte):
Parede: 2 3x2/1 3x2
Carvalhos: 0/2 2x1; 1 3x2
Um resultado que espelha a diferença entre as equipas. Um Parede que foi subindo de nível ao longo da partida, quer pela capacidade individual defensiva e ofensiva, quer pela capacidade física. O Carvalhos, pelo contrário, andou de maneira descendente ao longo do encontro, acusando muita dificuldade individual e, à medida que o tempo foi passando e com o Parede sempre a manter a intensidade, a capacidade física acabou por ceder, acabando por não haver qualquer reação ao resultado negativo.
Realço o número alto de remates fora da área efetuados pelo Parede e a insistência em lances individuais de um para um. Ambas permitem uma transição defensiva mais segura e, no caso da segunda, acaba por ser bem aproveitado tendo em conta a capacidade técnica dos visitados e o tamanho do rinque, muito grande, dando mais espaço para situações individuais.
Uma nota para a pressão defensiva do Parede. Acaba por dificultar a ação ofensiva do adversário, tendo em conta que a superioridade individual defensiva dos visitados estava a ser evidente (basta ver os números no tópico 'roubos de bola/interceções de passe'). No entanto, quiçá também pelo tamanho do rinque que não torna o jogo tão rápido, a pressão defensiva a todo o rinque acabou por não dar tantas recuperações de bola em zonas perigosas e consequentes superioridades numéricas que daí podiam advir.
Por fim, destaco a grande capacidade técnica individual de praticamente todos os elementos do Parede, com ênfase, a meu ver, para o trabalho realizado por Rafael Ogura. Um atleta com boa capacidade de decisão, boa saída no 1x1 e faro de golo dentro da área, dando sempre solução nesse espaço aos restantes colegas.
BLOQUEIOS
Bloqueio indireto com finalizador a sair detrás da baliza. Bom movimento. É difícil de defender porque o bloqueio é invertido, ou seja, beneficia um atleta que vem da tabela de fundo e não do meio-rinque, o que faz com que o posicionamento defensivo adequado seja difícil de aplicar, sob pena de deixar o jogador que aproveita o bloqueio em ainda melhor posição caso haja antecipação defensiva da situação.
Por fim, em baixo, o melhor movimento dos Carvalhos na partida, e que curiosamente deu no único golo marcado. Gaspar atrasa-se ligeiramente a defender o hoquista que recebe o passe e, além disso, há um bloqueio indireto na área que baralha a defesa do Parede e cria espaços para quem iria receber a bola. Muito bem executado e trabalhado.
Ataque à bola com os patins virados para a baliza do adversário é suicida. É uma situação de risco que, claramente, era desnecessária para o Parede nesta altura da partida. Não ganhando a bola quando a ataca, Rúben Martins fica para trás no duelo, ao passo que, movimentando os patins para a sua baliza enquanto faz o gesto de roubo de bola com o stick, permitiria continuar a acompanhar o opositor, mesmo após uma possível tentativa de roubo de bola sem sucesso.
Aqui, os dois defesas ficam no bloqueio e ninguém sobe ao portador da bola, dando sempre imenso perigo à baliza de quem defende pelo espaço e tempo de decisão que permite ao portador.
TÉCNICA INDIVIDUAL
Já tinha sido abordado neste blogue o trabalho defensivo muito coletivo por parte do Parede quando a bola vai para trás da baliza. Defesas que estão com elementos que nesse momento estão situados em zonas mais afastadas dos sítios de finalização, tornam-se úteis ao ajudar os colegas numa zona perigosa como esta (atrás da baliza), na minha opinião. Obrigam o adversário a jogar longe da sua baliza. Um belo trabalho que provavelmente também será algo cansativo fisicamente, mas que trás dividendos na ação defensiva da equipa.
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